STJ divulga dez teses consolidadas na corte sobre seguro de dano
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O Supremo Tribunal Federal publicou dez teses sobre seguros de vida, que foram consolidadas em juízo nesta sexta-feira (12 de dezembro). Estabelece-se que, com a regressão dos sinistros proposta pela seguradora contra a causa do dano, os juros de mora devem decorrer do efetivo pagamento do benefício do seguro e não da citação.

Outra tese definitiva estabelece que no seguro de automóveis a cláusula contratual que preveja a exclusão da cobertura do seguro é legal se a seguradora provar que o veículo sinistro foi dirigido por pessoa embriagada ou drogada. , a ferramenta de jurisprudência em tese apresenta diferentes entendimentos do STJ sobre determinados temas, selecionados de acordo com sua relevância no campo jurídico. Cada edição contém teses que a Secretaria Jurídica identificou após cuidadosa investigação dos precedentes do Tribunal.

 

Vejas as dez teses do STJ sobre seguro de dano:

1) Em caso de perda total decorrente de incêndio, sem que se possa precisar o valor dos prejuízos no imóvel segurado, será devido o valor integral da apólice.
2) O simples atraso no pagamento de prestação do prêmio do seguro não importa em desfazimento automático do contrato, sendo necessária, ao menos, a prévia constituição em mora do contratante pela seguradora, mediante interpelação.
3) A seguradora tem o direito de demandar o ressarcimento dos danos sofridos pelo segurado depois de realizada a cobertura do sinistro, sub-rogando-se nos direitos anteriormente titularizados pelo segurado, nos termos do artigo 786 do Código Civil e da Súmula 188 do STF.
4) Ao efetuar o pagamento da indenização em decorrência de danos causados pela companhia aérea por extravio de bagagem ou de mercadoria, a seguradora sub-roga-se nos direitos do segurado, podendo, dentro do prazo prescricional aplicável à relação jurídica originária, buscar o ressarcimento do que despendeu, nos mesmo termos e limites que assistiam ao segurado.
5) Nas ações regressivas, propostas pela seguradora contra o causador do dano, os juros de mora devem fluir a partir do efetivo desembolso da indenização securitária paga e não da citação.
6) Nos contratos de seguro de veículo, a correção monetária dos valores acobertados pela proteção securitária incide desde a data de celebração do pacto até o dia do efetivo pagamento do seguro.
7) Não é abusiva a cláusula dos contratos de seguro que preveja que a seguradora de veículos, nos casos de perda total ou de furto do bem, indenize o segurado pelo valor mercado na data do sinistro.
8) O pedido do pagamento de indenização à seguradora suspende o prazo de prescrição até que o segurado tenha ciência da decisão. (Súmula 229 do STJ)
9) No seguro de automóvel, é lícita a cláusula contratual que prevê a exclusão da cobertura securitária quando comprovado pela seguradora que o veículo sinistrado foi conduzido por pessoa embriagada ou drogada.
10) No contrato de seguro que possui cláusula de cobertura para furto ou roubo, descabe o dever de indenizar em casos de estelionato ou de apropriação indébita, uma vez que tais disposições devem ter interpretação restritiva. Advogado especialista em processos de seguros

Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ

 
 

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